Atividades de Baixa Tecnologia para TGD
O termo
Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) é usado para descrever um grupo de
transtornos de desenvolvimento do cérebro que podem incluir os Transtornos do
Espectro Autista (TEA, constituídos pelo Autismo, a síndrome de Asperger e pelo
transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação), a síndrome de
Rett e o transtorno desintegrativo da infância. Estes Transtornos são um
conjunto de manifestações que afetam a capacidade de comunicação, o
funcionamento social, apresentam padrão restrito e repetitivo de comportamentos
e interesses, estereotipias comportamentais e de fala, e podem ou não
apresentar algum grau de deficiência intelectual.
Em comum, as pessoas que apresentam TEA exibem dificuldades em entender as regras de convívio social, a comunicação não verbal, a intencionalidade do outro e o que os outros esperam dela. Com essas dificuldades funcionais, o impacto na eficácia da comunicação é muito grande, fazendo com que o desenvolvimento do cérebro social mantenha-se cada vez mais insuficiente para exercer as funções necessárias para a interação social.
Em comum, as pessoas que apresentam TEA exibem dificuldades em entender as regras de convívio social, a comunicação não verbal, a intencionalidade do outro e o que os outros esperam dela. Com essas dificuldades funcionais, o impacto na eficácia da comunicação é muito grande, fazendo com que o desenvolvimento do cérebro social mantenha-se cada vez mais insuficiente para exercer as funções necessárias para a interação social.
Em
relação ao desempenho escolar, cada fase do desenvolvimento apresenta
necessidades particulares. Na fase pré-escolar, o desenvolvimento da
coordenação motora e a capacidade de adaptação ao grupo são fundamentais. Na
fase de alfabetização, dificuldades podem requerer intervenção de fonoaudiólogo
e psicopedagogo.
Recursos de
baixa tecnologia podem apoiar o aluno em seu desenvolvimento. A atividade
proposta tem como objetivo desenvolver a linguagem e a comunicação e ampliar a
interação social através da proposta de a criança acompanhar e participar na produção
de uma narrativa. A atividade pode ser feita na SR ou em casa pelos pais da
criança. O site de
onde foi retirado tem também informações sobre o autismo, além de sugestões de
livros e outras atividades que podem ser feitas com as crianças.
Fazendo
a história
Interesses: Animais,
meios de transporte, efeitos sonoros e onomatopeias.
Metas
principais: Acompanhar
e compreender uma sequência narrativa. Participação física.
Ação
motivadora (o papel do adulto): Contar
uma história para a criança utilizando a sequência narrativa de um livro
caseiro personalizado. Utilizar sua expressividade facial, corporal e de voz em
breves encenações para ajudar a criança a manter-se atenta e motivada durante
toda a história. Oferecer opções de cartões para que a criança complete a
história.
Solicitação
(o papel da criança): Escolher o
cartão que completará cada trecho da história do livro.
Preparação
da atividade:
Confeccione
um livro personalizado utilizando papel de tamanho A3 e deixe espaços em branco
no texto para que cartões possam ser encaixados de forma a completar a
história. Confeccione de 2 a 4 cartões diferentes como opções para cada espaço
em branco. Os cartões podem conter apenas fotos/desenhos, conter fotos/desenhos
e palavras, ou apenas palavras, dependendo do estágio de desenvolvimento das
habilidades cognitivas de sua criança. Plastifique tanto o livro como os
cartões e cole uma fita de Velcro no verso dos cartões e nos trechos em branco
do livro para que os cartões possam ser encaixados desta forma. Abaixo um
exemplo de história e de cartões:
- gato
- cavalo
- tigre
- sapo
Que
morava em uma casa…
- vermelha
- amarela
- azul
- verde
Um dia,
ele foi passear de…
- carro
- trem
- helicóptero
- caminhão
E ele
chegou na….
- escola
- praia
- floresta
- piscina
Ali, ele
encontrou seu amigo…
- pato
- leão
- macaco
- urso
E eles
comeram juntos uma deliciosa e gigante…
- banana
- laranja
- melancia
- maçã
Estrutura
da atividade:
Quando
você começar a contar a história, mantenha todos os cartões em uma prateleira e
mostre à sua criança apenas os cartões referentes à primeira página. Seja o
modelo para a criança, escolhendo um dos cartões e colocando-o no espaço com
velcro do livro, sem pedir nada à criança. Guarde na prateleira os cartões
daquela página que não foram utilizados. Continue a história utilizando sua expressividade
e animação, encenando, oferecendo efeitos sonoros relativos aos meios de
transporte e onomatopeias para cada um dos animais. A cada espaço em branco,
mostre os novos cartões e estimule a criança (caso ela esteja altamente
motivada) a ajudá-lo a escolher um cartão e encaixá-lo no livro. Lembre-se que
o momento em que solicitamos algo da criança também faz parte da diversão.
Traga leveza e animação para este momento demonstrando sua empolgação em
escolher os cartões e montar a história. A criança não precisa escolher e
colocar os cartões no livro. Se ela conseguir manter-se atenta e acompanhar
toda a história, isso já é fantástico para uma criança que ainda não adquiriu a
habilidade de seguir sequências narrativas orais ou escritas. E se ela participar
escolhendo e colocando os cartões no livro, lembre-se de celebrar muito suas
participações!
Variações: Se a criança
gosta de música, você pode fazer uma história cantada. Com uma melodia
conhecida, você pode confeccionar o livro escrevendo a letra original ou uma
letra modificada para montar a sua história e também deixar espaços em branco
para a criança completar com os cartões.
Observações:
Algumas
crianças podem se beneficiar de uma história com menos espaços em branco para
completar – ou até nenhum – caso os espaços em branco e os cartões a distraiam
dificultando a compreensão da história narrada. Se este for o caso de sua
criança, invista em livros personalizados confeccionados por você com os
interesses da criança, com texto simplificado e ilustrações atraentes, para que
você possa simplesmente contar a história com animação e expressividade.
Acesso
15/06/2014.
